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Skyward – Conquiste as estrelas – Brandon Sanderson

Há algum tempo não lia um livro de Brandon Sanderson, que normalmente escreve fantasia, como o romance Elantris, as séries Mistborn e Stormlight. Entretanto, Skyward é uma ficção científica! Foi uma leitura muito prazerosa e que deixou um gosto de quero mais… Skyward, 606 páginas (Editora Planeta) marca o início de uma quadrilogia (algo que meu bolso não agradece). 😕

Direcionada ao público jovem, a série apresenta uma narrativa leve e divertida, permeada por ação e humor. Em um contexto altamente tenso, a trama desenrola-se em Detritus, um planeta alienígena isolado, onde a humanidade enfrenta constantes ameaças dos Krell. Especificamente, destaca-se a possibilidade de ataques por bombas extremamente potentes, conhecidas como ‘destruidoras de vida’. Em resumo, a humanidade está à beira da extinção.

A protagonista, Spensa, é uma jovem determinada a superar as sombras do passado de seu pai, piloto que ficou estigmatizado por uma atitude covarde. Ela que provar seu valor como piloto de caça estelar e também limpar o nome do pai. A narrativa tem um bom ritmo e mantém o leitor fisgado. 

Sanderson constrói um mundo fascinante, onde os descendentes de um naufrágio espacial lutam pela sobrevivência, estando sempre sob a sombra da derrota e extermínio. Um dos pontos fortes do livro são as batalhas espaciais entre os caças da resistência e as forças alienígenas. “Skyward” também destaca a habilidade única de Sanderson em criar sistemas de magia e ciência detalhados, mesmo que, neste caso, a ênfase esteja na tecnologia futurista e nas complexidades das batalhas no espaço. 

Ainda sobre a ambientação, Detritus é cercado por um cinturão de “lixo espacial”, parte dele ainda operacional, que atrapalha as comunicações e impede que os Krell tenham uma vantagem definitiva sobre os humanos.

Spensa Nightshade é uma protagonista forte, resiliente, um pouco engraçada e com um temperamento explosivo. O elenco de suporte e antagonistas também são memoráveis, sendo os destaques ficam para M-Bot, uma inteligência artificial divertida e sarcástica. Jorgen, rival de Spensa na academia de pilotos, é alguém com quem ela desenvolve uma relação complicada, mas interessante de acompanhar. A Almirante Ironside, líder militar da Defesa da Humanidade, destaca-se como uma figura autoritária que constantemente desafia Spensa, tornando-se sua principal antagonista.

Cruzando a trama principal, o livro explora temas como identidade, preconceito e esperança. Skyward é uma história sobre encontrar seu lugar no mundo, superar os obstáculos e nunca desistir de seus sonhos.

Por outro lado, em comparação com outras obras de Sanderson, Skyward tem uma escala mais modesta. A história foca em um grupo reduzido de personagens e em um conflito relativamente limitado, ao contrário de seus outros livros que apresentam narrativas épicas com personagens e conflitos mais extensos e complexos.

Enfim, “Skyward” é uma boa adição ao catálogo de Brandon Sanderson, sendo capaz de cativar os leitores e sendo também uma boa leitura de entrada para o gênero de ficção científica. Uma leitura obrigatória para aqueles que buscam uma aventura espacial, do tipo space opera, repleta de reviravoltas emocionantes e personagens memoráveis. 🙂

Oathbringer – Brandon Sanderson

Chegamos ao terceiro volume da série Stormlight Archives, iniciada em The Way of Kings e continuada em Words of Radiance. Não é que o Brandon Sanderson tenha escrito um livro totalmente fora do que a série era, mas relamente sofri para conseguir terminar de ler esse terceiro livro.

Veja a ironia, ao final da minha resenha do segundo livro da série eu disse coisas como: “Sinta-se com sorte se puder ler esses dois livros, mas prepare-se para esperar bastante para ler as continuações. Uma sensação que pode surgir é que a despeito do tamanho enorme do livro, você vai continuar querendo ler, simplesmente por não haver nenhuma outra coisa mais divertida para fazer. (…) fica aquele desejo de que Words of Radiance  fosse maior e não tivesse acabado.”

E agora eu digo o contrário: “Eu queria que Oathbringer tivesse sido menor, mais sucinto e objetivo…” Enfim, o livro foi longo demais, com muitas subtramas, algumas delas um pouco tediosas, na qual você não tem tempo de se identificar com os personagens, ou mesmo a situação de conflito. Mas o que teve de bom? Bem vamos falar um pouco da história.

Sinopse

Em Oathbringer, a humanidade enfrenta uma nova Desolação com o retorno dos Voidbringers, um inimigo com números tão grandes como a sede de vingança.

Os exércitos de Alethi de Dalinar Kholin ganharam uma vitória fugaz a um custo terrível: os inimigos Parshendi convocaram uma violenta Everstorm, que agora varre o mundo com destruição, e em sua passagem desperta os parshmen uma vez pacíficos e subservientes ao horror de sua escravidão de milênios por humanos.

Enquanto estiver em um vôo desesperado para alertar sua família da ameaça, Kaladin Stormblessed deve enfrentar o fato de que a recém-inflamada raiva dos parshmen pode ser totalmente justificada.

Aninhado nas montanhas acima das tempestades, na torre da cidade de Urithiru, Shallan Davar investiga as maravilhas da antiga fortaleza dos Cavaleiros Radiantes e descobre segredos obscuros que espreitam nas profundezas. Enquanto isso, Dalinar percebe que sua santa missão para unir sua pátria de Alethkar era de alcance muito estreito.

A menos que todas as nações de Roshar possam deixar de lado o passado embebido em sangue de Dalinar e ficarem juntas – e a menos que o próprio Dalinar possa confrontar esse passado – até mesmo a restauração dos Cavaleiros Radiantes não impedirá o fim da civilização.

Estamos perto do apocalipse. Uma mega tempestade, a Everstorm, agora circula o planeta, despertando os Parshmen (antigos escravos dos humanos) e causando destruição em todos reinos do mundo. Ressugem os Cavaleiros Radiantes para fazer frente ao antigo deus Odium.

O livro segue a estrutura dos seus antecessores, e desta vez, é Danilar Kholin o personagem que é foco dos (muitos) capítulos de flashback. Algo terrível aconteceu ao alto príncipe Danilar em seu passado, ao ponto de causar nele perdas de memória. Essa linha de história, apensar de ter altos e baixos, manteve mais meu interesse como leitor.

Em paralelo aos flashback, vemos a narrativa em torno de um grande elenco de personagens enfrentando os desdobramentos da Everstorm e o avanço dos exércitos inimigos e seus terríveis Voidbringers.

Enquanto vemos a transformação de Danilar ao se confrontar com as camadas de acontecimentos de seu passado e sua atual tarefa, de unir os reinos contra uma ameça maior, Shallan Davar vive transformações internas, ao lidar com suas outras personalidades, Veil e Radiant. É muito interessante como o autor desenvolveu um aspecto de elasticidade moral em Shallan, que divide aspectos de sua personalidade entre suas personas “ilusórias”.

Kaladin, que foi o astro do primeiro livro ficou um pouco apagado neste e houve até espaço para inclusão do ponto de vista narrativo a sua trupe, a Bridge Four. Entre estes, vários trouxeram para a história um ponto de vista narrativo refrescante, com algum humor ou esquisitice.

A relação de Danilar com o seu spren, o Stormfather é bem interessante e fica mais claro nesse volume o artifíco dos flashbacks interativos, algo como uma realidade virtual e que pode ser compartilhada com outras pessoas.

A relação entre personagens e seus sprens, com a Syl de Kaladin e o Pattern de Shallan é interessante, e neste livro, conhecemos um pouco mais sobre o mundo de onde vem os sprens, Shadesmar.

Os sprens da série são um conceito muito interessante, são hora objetos, hora seres de luz, flutuantes… Bizarro ficar pensando que a espada de alguém, feita para ferir e matar, é um ser consciente… O Pattern (meu favorito), por exemplo, me lembrou uma inteligência artificial avançada convertida num ser mágico. Inclusive, na medida em que mais elementos de magia e do próprio universo ficcional foram sendo introduzidos, foi me dando uma canseira adicional.

O livro já é grande, tem muitos personagens, muitas tramas, e a complexidade desses aspectos do sistema de magia e funcionamento das dimensões, nessa história, me fez descolar um pouco… Tive a sensação de que muitos personagens e lugares surgiram para justificar/ocupar o espaço “livre” que há num mundo tão grande. De fato, é notável e louvável o esforço do autor para construir um mundo complexo, cheio de reinos e culturas, mas neste livro deu uma sensação de sobrecarga. Ainda que as muitas ilustrações e mapas seja ótimas.

Um dos pontos da trama que achei interessante foi o de mostrar um pouco mais o ponto de vista de alguns personagens da raça Parshendi e sobre o passado desse povo.

E como se o livro já não tivesse personagens, tamanho e complexidade demais, ainda foi dividido em cinco partes com interlúdios, de certa forma, crípticos. É difícil conectar as pontas de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Enfim, levei uns 10 ou 11 meses para conseguir terminar de ler o livro com uma sensação de alívio: UFA, consegui terminar, não desisti!

Apesar de ter boa parte do miolo, bem cansativa, os 20% finais do livro tiveram um ritmo narrativo mais rápido e me ajudarm muito a chegar ao final.

Eu ainda recomendaria o livro, especialmente se você leu os dois anteriores, mas estou muito receoso quanto aos próximos livros da série. Por outro lado, se você for ler as resenhas, verá que a grande maioria deu cinco estrelas a este livro, mostrando que o Brandon Sanderson ainda é capaz de agradar muito seus fãs.

Compre Oathbringer, edição em inglês.

Vale conferir os primeiros livros da série:

Tormenta de Fogo e Calamidade – Brandon Sanderson

Para fechar o ano, uma publicação dois em um.

Tormenta de Fogo

Tormenta de Fogo

Ah, chegamos ao segundo livro da série dos Executores, um grupo que tenta combater os Épicos, pessoas dotadas de superpoderes e que são corrompidas por eles, tornando super-vilões. No primeiro livro, Coração de Aço, conhecemos David Charleston, um jovem que dedicou a vida inteira ao ideal de combater os Épicos.

Agora, David e os executores saem de Nova Chicago e vão para Babilar (Babilônia Renascida), a cidade que surgiu sobre as ruínas de Nova Iorque. Lá, vão enfrentar a Épica que comanda a cidade, Realeza. Ela possui incríveis poderes de controle das águas e converteu a cidade numa espécie de Veneza com apenas os arranha-céus acessíveis acima da área inundada. Achá-la e derrotá-la, não é uma tarefa fácil, sobretudo quando ela recruta como aliado Obliteração, um Épico descontrolado capaz de explodir cidades inteiras.

Coração de Aço – Brandon Sanderson

Finalmente voltando a ler um de meus escritores favoritos! Brandon Sanderson não decepciona, apesar do livro não ter sido um dos meus favoritos. É uma romance de fantasia voltado para o público jovem adulto.

Coração de Aço é um super-vilão implacável, líder de uma gangue de humanos super poderosos que se auto proclamou governador da cidade de Nova Chicago.

O livro é o primeiro de uma trilogia que sai no Brasil pela editora Aleph.

O mundo mudou depois do aparecimento nos céus, da estrela vermelha que foi batizada como Calamidade. Após seu surgimento, algumas pessoas ao redor do mundo devolveram poderes, porém, todos os que experimentaram tal poder eram corrompidos usando-os apenas para o mal.

Neste cenário, conhecemos David, um jovem que perdeu o pai quando criança e viu que Coração de Aço podia ser ferido. Ele é um jovem adulto que se dedicou a estudar as fraquezas dos vilões e agora deseja integrar uma equipe que se dedica a matar super poderosos, também conhecidos como Épicos.

O livro é descrito em primeira pessoa e David é um protagonista inseguro e um pouco engraçado na medida em que descreve tudo com metáforas horríveis. É também uma história de super-heróis e adere bem a alguns aspectos do gênero, mas realmente havendo um toque sombrio na realidade criada pelo autor.

O narrativa evolui em torno de três aspectos, cenas de ação e perseguição, o desvendar de um mistério (qual a fraqueza de Coração de Aço) e o desenvolvimento do relacionamento de David com os Executores. Há um aspecto de grande desafio e adrenalina persistentes, uma vez que vemos um grupo de humanos normais lutando contra seres super poderosos.

O livro tem um desfecho satisfatório e dá ao leitor uma experiência de imaginar e vivenciar um mundo parecido com o nosso no qual a presença de seres super poderosos faz tudo se converter num pesadelo. Mesmo não sendo um de meus favoritos é uma boa pedida.

The Emperor’s Soul – Brandon Sanderson

Capa The Emperors SoulVocê acha que é possível recuperar a alma de uma pessoa que entrou em estado de coma? Essa é a premissa deste livro. A feiticeira Shai, tem apenas 90 dias para recriar a alma do imperador de Rose. Algo que nunca foi antes feito, ou tentado, por nenhum feiticeiro. Brandon Sanderson é o tipo de autor para aqueles amam fantasia, magia e gostam de ser surpreendidos por tramas bem boladas e sistemas de magia inusitados.

Este é um livro bem diferente dos que já li do autor até então. Não só por não ser um romance, e sim uma novela (mais curto), mas também quanto ao tipo de trama. Fiquei curioso quanto a este livro, por se passar em Sel, o mesmo mundo do romance Elantris. Porém, o Império Rose, um lugar inspirado em estética e filosofia oriental, fica em outro continente e bem distante da cidade de Elantris. Não há nenhuma relação de dependência entre os livros. Um pode ser lido sem o outro e vice-versa.

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