Svalbard é a continuação de um história de criada por Diego Sanches nas três primeiras edições da QUAD.

Não conhece a QUAD? Leia aqui sobre a QUAD#1, QUAD#2 e QUAD#3.

SINOPSE

Em um futuro distópico, algumas naves foram preparadas para serem enviadas ao espaço em missão de colonização para salvar a raça humana. Algumas pessoas foram destacadas para ficar e manter contato com as naves. Entre elas está Jeff, conhecido como um lixeiro que recolhe, troca ou vende o que encontra perdido por ai.

SVALBARD

Antes de começar a falar mais da HQ, vale lembrar que essa história depende da ler as edições anteriores da QUAD, que além da história de Jeff e Rasul, conta mais três histórias nesse mesmo universo compartilhado. E repito, é provavelmente a melhor publicação de quadrinhos de ficção científica brasileira que você vai encontrar por aí.

Jeff está atrás de uma pista, um sinal de rádio, que vem de um remoto território no norte gelado chamado Svalbard. Isso tudo partiu dos acontecimentos em Quad #3, quando ele se encontra com Martha. Agora ele tem a necessidade de descobrir qual foi o destino das Naves-Arca e também, de sua filha.

Rasul, o caçador de recompensas, que vimos na história “Um Jogo de Espelhos” de Eduardo Ferigato (QUAD #2) , e Martha, antiga parceira de Jeff, também vão atrás do mesmo sinal.

Aqui nesse ponto, já conhecemos um pouco melhor o Jeff, seu passado e o fato dele ser um dos “imortais” modificados geneticamente para ter longevidade.

A jornada até Svalbard acaba sendo a parte mais simples. O problema é o que encontram por lá. Os locais não são amistosos e não estão dispostos a colaborar para a investigação de Jeff. Não apenas isso, logo ele vai perceber que sua vida está em risco. (Alto risco!)

Nas histórias de QUAD e em Svalbard, vemos uma humanidade tentando sobreviver um mundo que teve seus recursos esgotados. É uma sociedade que teve que se acostumar a viver na escassez.

Nesse tipo de história vemos os personagens tendo que expressar que realmente são, pois vivem sempre situações extremas. A história agrada bastante e tem desfecho satisfatório, deixando aquele gosto de “quero as continuações”!

A ARTE E O LIVRO

O livro é muito bem-acabado! Tem 92 páginas, tamanho A4 em papel couche 115g/m2 e capa cartonada 350g/m2. Toda arte interna é em tons de cinza e o fato do livro ser no formato A4, ajuda o leitor a ver mais detalhes e proporciona uma divisão de layout com muitos quadros, sem se perderem os detalhes de quada enquadramento.

Os traços do Diego são soltos e orgânicos com as “pinceladas” visíveis… Os personagens são desenhados com algo de caricatural e o acabamento de linhas sombra e luz também é “sujo”, o que funciona muito bem-casado com a ambientação pós-apocaliptica. As cenas de ação são incríveis e mesmo com os traços caricaturais, dão grande sensação de realismo.

Sou fã de carteirinha do universo QUAD, e logo mais vem a resenha de QUAD #4. Fico na torcida para virem mais edições da QUAD ou histórias derivadas como a Svalbard. Totalmente recomendado!

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