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Categoria: Resenhas Page 11 of 38

Fundação – Isaac Asimov

Essa é uma releitura. Li esse livro há muitos anos, não me lembro bem quando, mas há coisa de 20 a 30 anos atrás. Não me lembrava de nada, exceto três palavras (além do título): Trantor, Hari Seldon e Psicohistória.

A Ficção Científica envelhece mal, mas talvez a Fundação tenha envelhecido um pouco menos devido ao autor não focalizar muito em determinados aspectos da tecnologia. Causa um estranhamento a presença de microfilmes como meio de armazenamento e o estranho, e muito presente hábito, que vários personagens da trama tem de fumar charutos. É difícil visualizar um futuro com tantos charutos…

Mas anacronismos à parte, Fundação é um romance que se forma através do ajuntamento de histórias menores e saltos entre épocas diferentes, traçando uma cronologia acelerada do fim do império galático.

Conta sobre um futuro distante no qual a capital do império galáctico, Trantor, está em seu ápice. Um matemático e psicohistoriador, Hari Seldon, anteviu através de estatísticas e modelos matemáticos e históricos que o império irá ruir que que 30 mil anos de barbárie se seguirão antes que um segundo império se erga.

Para evitar isto, ele concebe a Fundação, que tem o propósito de ser uma espécie de guardiã do conhecimento científico, colocando-o à serviço do futuro da humanidade. A Fundação é estabelecido no planeta Terminus, no extremo da galáxia e tem como missão tentar encurtar os 30 mil anos de barbárie para apenas mil anos.

Asimov escreve muito bem, mas certamente gosto mais de outros livros dele do que de a Fundação. Ainda que a premissa seja genial, o desenrolar do romance, sem personagens muito aprofundados e saltos históricos, não favorece uma trama que acredito ser capaz de prender a atenção dos leitores contemporâneos mais ligados em enredos cheios de ação. Durante muito tempo, esse romance foi muito lido e celebrado, de fato, é um dos grandes livros da história da FC, mas penso que ele envelheceu um pouco.

Ainda assim, tem conceitos chave muito interessantes, como o da religião ser usada como uma forma de controle das civilizações menos avançadas. Além disso, há passagens interessantes e algumas frases memoráveis como: “A violência é o último refúgio do incompetente”. É também um livro dominado por personagens e conflitos masculinos.

Não estou aqui para dar duas, três, quatro ou cinco estrelas… Mas para reconhecer que em minha leitura anterior eu gostei muito mais do livro do que nesta releitura.

Ainda assim, reconheço que é um grande clássico da ficção científica, no qual Asimov trabalhou ideias ousadas e que contribuiu muito para a formação do gênero. É um clássico e leitura obrigatória para quem é fã do gênero. Recomendo, tanto para apreciar a inventividade e criação de um universo mergulhado em questões políticas complexas, como para ter conhecimento de uma obra icônica da história da ficção científica.

Jack London e a Criatura de Salmon Pond – Ana Lúcia Merege e Allana Dilene

Sinopse

“Jack London e a Criatura de Salmon Pond” traz como protagonista o escritor Jack London (1876 – 1916), cuja vida foi uma sucessão de viagens e aventuras. Muitas serviram de base para seus livros, e estes, por sua vez, inspiraram as autoras Ana Lúcia Merege e Allana Dilene a imaginar uma nova história vivida por Jack. Ambientada no Klondike, na época da corrida do ouro, ela traz uma série de incidentes envolvendo uma misteriosa criatura, que poderia ser um lobo, um cão de trenó… ou algum outro ser, desconhecido e assustador. Esse livro se destina a leitores de aventura, aos aficionados por histórias de lobos e lobisomens e aos que curtem narrativas que criem uma atmosfera de suspense e terror na medida certa.

Este é um livro que mistura personagens reais com uma narrativa fantástica, num cenário gelado e inóspito do oeste do Canadá.

Escrito em parceria pelas autoras Ana Lúcia Merege (que já entrevistamos) e Allana Dilene, traz aos leitores uma narrativa de mistério, na qual, o jovem Jack London colabora com a investigação de uma série de assassinatos ocorridos nas imediações da fictícia Salmon Pond.

A investigação das mortes é conduzida por um policial chamado Slocum que encontra na figura de Jack London, tanto um ajudante, como um “entrave”. É uma história essencialmente de mistério policial, então um pouco da leitura é conduzida pelas perguntas: quem é o assassino e qual sua motivação para os crimes?

A própria capa e premissa e sinopse do livro já entregam um pouco o possível aspecto sobrenatural como motor da trama, não acredito que os leitores terão surpresas nesse aspecto, mas não significa que seja fácil descobrir o assassino antes da revelação (eu não consegui).

O foco da narração flutua entre personagens e é bem conduzida, exceto por um pequeno trecho, mas não chega causar nenhuma dificuldade de compreesão.

Além da expectativa em relação ao desfecho do mistério, a obra poderá agradar pela forma que apresenta bem os persoangens e as exóticas locações do “interior selvagem” do Canadá ainda no momento que vinha sendo desbravado. Ali vemos como vivem homens e mulheres que se submeteram a estar num local de clima inóspito à busca de riquezas como ouro, assim como a presença dos nativos indígenas da região, que cumprem grande papel na trama.

Em relação ao tamanho do livro, achei bom, e certamente vai agradar quem busca por uma leitura rápida. Acho que me faltou olhos para ver outras coisas interessantes, pois devo admitir que nunca li uma obra do escritor Jack London. De qualquer maneira, o livro tem um interessante posfácio que me deu maiores informações sobre o autor e gerou o interesse para conhecer sua obra. Tive curiosidade para procurar Klondike no Google Maps, e seja coinciência, ou não, caí extamente “em cima” do Museu Jack London.

Enfim, é um livro de mistério curto, bem narrado, com um toque de sobrenatural e desfecho satisfatório. Uma boa pedida!





O Gigante da Guerra – Diego Guerra

Para começo de conversa, é um livro bom, mas indigesto. Não acredito que seja para qualquer um. Vamos começar por situá-lo em seu gênero, fantasia grimdark, caracterizada pela perda, moralidade cinzenta e violência.

O Gigante da Guerra narra a história de duas crianças, dois irmãos, Ward e Lenna, que precisam cuidar da fazenda de seu pai e, em alguma medida, da própria vila à qual esta pertence, durante um duro período de privações causado por uma guerra. A história se situa no mesmo universo do livros O Teatro da Ira e A Lenda do Mastim Demônio, mas não tem uma ligação direta com essas histórias.

O Amuleto – Vol.1 – O Guardião da Pedra – Kazu Kibuishi

O Amuleto é uma HQ voltada para o público juvenil, com arte incrível e uma história bem comportada, dentro dos padrões comuns ao gênero. A série já tem cinco volumes lançados no Brasil pela editora Fundamento e oito, dos nove, lançados no exterior. O último volume da série tem lançamento previsto para 2021. É uma história que poderá agradar muito fãs de franquias como Harry Potter.

A HQ fisga o leitor rapidamente e é muito bem ilustrada. O autor e ilustrador, Kazu Kibuishi, trás para as páginas da história sua experiência na área de animação e os painéis e sequências de ação parecem saídos de uma animação com traços e cores trabalhados com ótima qualidade.

Dragonero – o caçador de dragões #3

Dragonero é uma (não tão) típica história de fantasia medieval com magos, guerreiros, orcs, elfos, anões e é claro: dragões. Dragonero: O Caçador de Dragões #3, cotinuamos a acompanhar as aventuras de Ian e seus amigos o Orc, Gmor, e a pequena elfa, Sera.

O universo de fantasia criado pelos italianos Luca Enoch e Stefano Vietti é muito vibrante, fugindo da fantasia medieval pura, ao adicionar um certo nível de avanço tecnológico: vemos elevadores, armas de fogo, dirigíveis e até planadores. Mais recentemente, Ian e seus companheiros descobriram uma fábrica da terrível Lama Pírica. Um material muito inflamável capaz de queimar os oponentes até os ossos. Esta arma se usada em grande escala, poderá destruir não apenas o império dos humanos, como também os clãs de orcs.

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