fbpx

Tag: alta fantasia Page 1 of 2

Dragonero #10 a #12

Está chegando agora? Veja também nossas resenhas das edições anteriores: Especial356 e 78 e 9.

O universo de fantasia criado pelos italianos Luca Enoch e Stefano Vietti é muito vibrante, fugindo da fantasia medieval pura, ao adicionar um certo nível de avanço tecnológico: vemos elevadores, armas de fogo, dirigíveis e até planadores.

Sem se afastar demais das definições clássicas das raças vistas em mundos de fantasia, como orcs, elfos e anões, os autores dão uma tintura distinta aos membros dessas raças que fazem parte da trama.

Nas edições #10 a #12 continuamos a acompanhar as aventuras de Ian e seus amigos: o Orc, Gmor, e a pequena elfa, Sera. Sendo que as edições #10 e #11 compõe um mesmo arco de história.

Episódios #10 (As Fossas dos Farghs) e #11 (A Rainha dos Algentes)

Ian e Gmor se aventuram em Varliendar, a antiga terra dos dragões e enfrentam um imenso exército de Algentes. No norte do Valo, há grandes lagartos, os Sáurios, usados pelos homens como montarias. Essas montarias terão papel importante na aventura de Ian. Além de enfrentar imensos Vermes, temos o retorno de uma antiga personagem, antes aliada de Ian, e que aparece agora como aliada aos Algentes.

Além disso, na edição 11 temos, pela primeira vez, uma narrativa paralela contando um pouco sobre a monja que atua como aliada de Ian e Gmor no conflito contra os Algentes e sua Rainha. Este arco todo é ótimo, com grande intensidade de ação e carga emocional elevada. Porfim, deixa possibilidades em aberto para novas histórias.

A arte de Gianluigi Gregorini é fabulosa e dá um brilho todo especial a essas duas edições!

Dragonero #12 – Ameaça das Profundezas

Nesta aventura, vemos novamente reunidos Ian, Gmor e Sera. Uma coisa que gosto de ver nessa série, é como são retratados vários momentos mais descontraídos da vida dos personagens. Neste caso, antes da parte principal da trama entrar, vemos um pouco da convivência dos persongens da casa de Ian e como crianças da cidade próxima vão ali para “brincar” com eles.

Depois da “brincadeira”, um forte ruído vindo da cidade, chama a atenção dos aventureiros. Logo descobrem vários buracos fundos surgindo e descem para investigar. Neste contexto ficam conhecendo um novo personagem bem interessante, um mapeador.

Essa história adiciona toda uma nova camada política e econômica ao mundo de Dragonero, pois introduz os anões e o Sindicato dos Anões Mineiros.

Essa é uma aventura perigosa e divertida que também traz o tema dos Ubiquos, uma antiga raça lendária que deixou muitas ruínas por todo o mundo, inclusive as famosas pedras sonoras.

Juntando-se aos anões, Ian e seus amigos terão que enfrentar uma terrível “Ameaça das Profundezas”. E mais uma vez, o final, deixa em aberto novas possibilidades para histórias futuras.

Os desenhos desta edição são de Cristiano Cucina, não são tão bons quanto os das duas edições anteriores, mas ainda assim, é um artista de traço bastante competente capaz de trazer à vida mais um episódio da narrativa desta empolgante saga.

Sinceramente, a cada edição, Dragonero ganha em riqueza de seu cenário e da profundidade de seus personagens. Há muitas séries que perdem seu “brilho” com o tempo, mas não vem sendo o caso de Dragonero até este ponto! Recomendadíssimo!

Oathbringer – Brandon Sanderson

Chegamos ao terceiro volume da série Stormlight Archives, iniciada em The Way of Kings e continuada em Words of Radiance. Não é que o Brandon Sanderson tenha escrito um livro totalmente fora do que a série era, mas relamente sofri para conseguir terminar de ler esse terceiro livro.

Veja a ironia, ao final da minha resenha do segundo livro da série eu disse coisas como: “Sinta-se com sorte se puder ler esses dois livros, mas prepare-se para esperar bastante para ler as continuações. Uma sensação que pode surgir é que a despeito do tamanho enorme do livro, você vai continuar querendo ler, simplesmente por não haver nenhuma outra coisa mais divertida para fazer. (…) fica aquele desejo de que Words of Radiance  fosse maior e não tivesse acabado.”

E agora eu digo o contrário: “Eu queria que Oathbringer tivesse sido menor, mais sucinto e objetivo…” Enfim, o livro foi longo demais, com muitas subtramas, algumas delas um pouco tediosas, na qual você não tem tempo de se identificar com os personagens, ou mesmo a situação de conflito. Mas o que teve de bom? Bem vamos falar um pouco da história.

Sinopse

Em Oathbringer, a humanidade enfrenta uma nova Desolação com o retorno dos Voidbringers, um inimigo com números tão grandes como a sede de vingança.

Os exércitos de Alethi de Dalinar Kholin ganharam uma vitória fugaz a um custo terrível: os inimigos Parshendi convocaram uma violenta Everstorm, que agora varre o mundo com destruição, e em sua passagem desperta os parshmen uma vez pacíficos e subservientes ao horror de sua escravidão de milênios por humanos.

Enquanto estiver em um vôo desesperado para alertar sua família da ameaça, Kaladin Stormblessed deve enfrentar o fato de que a recém-inflamada raiva dos parshmen pode ser totalmente justificada.

Aninhado nas montanhas acima das tempestades, na torre da cidade de Urithiru, Shallan Davar investiga as maravilhas da antiga fortaleza dos Cavaleiros Radiantes e descobre segredos obscuros que espreitam nas profundezas. Enquanto isso, Dalinar percebe que sua santa missão para unir sua pátria de Alethkar era de alcance muito estreito.

A menos que todas as nações de Roshar possam deixar de lado o passado embebido em sangue de Dalinar e ficarem juntas – e a menos que o próprio Dalinar possa confrontar esse passado – até mesmo a restauração dos Cavaleiros Radiantes não impedirá o fim da civilização.

Estamos perto do apocalipse. Uma mega tempestade, a Everstorm, agora circula o planeta, despertando os Parshmen (antigos escravos dos humanos) e causando destruição em todos reinos do mundo. Ressugem os Cavaleiros Radiantes para fazer frente ao antigo deus Odium.

O livro segue a estrutura dos seus antecessores, e desta vez, é Danilar Kholin o personagem que é foco dos (muitos) capítulos de flashback. Algo terrível aconteceu ao alto príncipe Danilar em seu passado, ao ponto de causar nele perdas de memória. Essa linha de história, apensar de ter altos e baixos, manteve mais meu interesse como leitor.

Em paralelo aos flashback, vemos a narrativa em torno de um grande elenco de personagens enfrentando os desdobramentos da Everstorm e o avanço dos exércitos inimigos e seus terríveis Voidbringers.

Enquanto vemos a transformação de Danilar ao se confrontar com as camadas de acontecimentos de seu passado e sua atual tarefa, de unir os reinos contra uma ameça maior, Shallan Davar vive transformações internas, ao lidar com suas outras personalidades, Veil e Radiant. É muito interessante como o autor desenvolveu um aspecto de elasticidade moral em Shallan, que divide aspectos de sua personalidade entre suas personas “ilusórias”.

Kaladin, que foi o astro do primeiro livro ficou um pouco apagado neste e houve até espaço para inclusão do ponto de vista narrativo a sua trupe, a Bridge Four. Entre estes, vários trouxeram para a história um ponto de vista narrativo refrescante, com algum humor ou esquisitice.

A relação de Danilar com o seu spren, o Stormfather é bem interessante e fica mais claro nesse volume o artifíco dos flashbacks interativos, algo como uma realidade virtual e que pode ser compartilhada com outras pessoas.

A relação entre personagens e seus sprens, com a Syl de Kaladin e o Pattern de Shallan é interessante, e neste livro, conhecemos um pouco mais sobre o mundo de onde vem os sprens, Shadesmar.

Os sprens da série são um conceito muito interessante, são hora objetos, hora seres de luz, flutuantes… Bizarro ficar pensando que a espada de alguém, feita para ferir e matar, é um ser consciente… O Pattern (meu favorito), por exemplo, me lembrou uma inteligência artificial avançada convertida num ser mágico. Inclusive, na medida em que mais elementos de magia e do próprio universo ficcional foram sendo introduzidos, foi me dando uma canseira adicional.

O livro já é grande, tem muitos personagens, muitas tramas, e a complexidade desses aspectos do sistema de magia e funcionamento das dimensões, nessa história, me fez descolar um pouco… Tive a sensação de que muitos personagens e lugares surgiram para justificar/ocupar o espaço “livre” que há num mundo tão grande. De fato, é notável e louvável o esforço do autor para construir um mundo complexo, cheio de reinos e culturas, mas neste livro deu uma sensação de sobrecarga. Ainda que as muitas ilustrações e mapas seja ótimas.

Um dos pontos da trama que achei interessante foi o de mostrar um pouco mais o ponto de vista de alguns personagens da raça Parshendi e sobre o passado desse povo.

E como se o livro já não tivesse personagens, tamanho e complexidade demais, ainda foi dividido em cinco partes com interlúdios, de certa forma, crípticos. É difícil conectar as pontas de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Enfim, levei uns 10 ou 11 meses para conseguir terminar de ler o livro com uma sensação de alívio: UFA, consegui terminar, não desisti!

Apesar de ter boa parte do miolo, bem cansativa, os 20% finais do livro tiveram um ritmo narrativo mais rápido e me ajudarm muito a chegar ao final.

Eu ainda recomendaria o livro, especialmente se você leu os dois anteriores, mas estou muito receoso quanto aos próximos livros da série. Por outro lado, se você for ler as resenhas, verá que a grande maioria deu cinco estrelas a este livro, mostrando que o Brandon Sanderson ainda é capaz de agradar muito seus fãs.

Compre Oathbringer, edição em inglês.

Vale conferir os primeiros livros da série:

Dragonero – O Caçador de Dragões

Recentemente li uma resenha de Roberto de Sousa Causo dessa HQ e me interessei. Comprei e chegou na minha casa muito rápido e a leitura também foi assim, rapidíssima, mas bastante prazerosa.

Dragonero é uma (não tão) típica história de fantasia medieval com magos, guerreiros, orcs, elfos, anões e é claro: dragões. Com elementos que lembram as HQs de Conan, a edição  Dragonero: O Caçador de Dragões, trás uma história completa (e longa) que serve de introdução ao universo de fantasia criado pelos italianos Luca Enoch e Stefano Vietti. Os desenhos de Giuseppe Matteoni, um mestre na ilustração em branco e preto, dão vida aos personagens e ambientações deste universo. A história foge um pouco da fantasia medieval pura, ao adicionar um certo nível de avanço tecnológico: vemos elevadores, armas de fogo, dirigíveis e até planadores. Algumas pessoas relacionam esses elementos ao gênero Steampunk, porém, não é nada assim, pois falta o vapor e falta o “punk”.

Sem se afastar demais das definições clássicas das raças vistas em mundos de fantasia, como Orcs, elfos e anões, os autores dão uma tintura distinta aos membros dessas raças que fazem parte da trama.

A trama é bem direta: um grupo de heróis se forma para evitar a ascensão de um mal que fora sepultado no passado. O mago Alben está entre os primeiros que percebe a ameaça e após um encontro com a oficial da guilda dos tecnocratas, Myrva, manda um pedido de ajuda a Ian Aranill. Ele e seu companheiro de longa data, o Orc Gmor atendem ao chamado. Conforme a trama se desenvolve outros dois personagens se unem ao grupo, uma monja guerreira e uma elfa. Eles precisam superar diversos obstáculos para encontrar uma maneira de enfrentar as forças sombrias até chegar ao confronto final.

Vi algumas pessoas reclamarem da edição da Mythos, mas confesso que sou um fã de livros e quadrinhos editados com papel jornal e a possibilidade das edições possuírem um custo menor e maior acessibilidade. Os defeitos de impressão são mínimos e não impedem o leitor de aproveitar a história e sua magnífica arte. Claro, que nada contra edições mais caras e luxuosas, bem, exceto talvez quanto ao custo elevado, daí, não dá para ficar comprando tudo…

Outro aspecto legal dessa série é que apresenta o mapa do mundo no início da obra, mas a cada segmento da história, vemos versões ampliadas e detalhadas retratando as regiões que os personagens estão percorrendo.

Certamente uma HQ que vai agradar os fãs de fantasia, ou mesmo jogadores de RPG. 

Os personagens são cativantes o suficiente havendo uma boa dinâmica entre eles. Como resultado, me deu muita vontade de ler mais histórias. É bem legal ver que já há mais edições disponíveis e mais outras à caminho (em pré-venda).

[Atualizado] Já estamos na edição 13! Incrível! E ainda vem mais!

Leia também: um artigo do Dante Fontenelly que saiu no Blog Masmorra Mítica.

Os títulos da série estão em promoção na Amazon, então, aproveitem!

O Velho e a Devoradora de Almas

Sinopse

“Chegar ao final da vida pode ser apenas o início de uma incrível Jornada”.

PROVÉRBIO HIARAWA

O velho Vedd, um soldado veterano de uma guerra ocorrida há mais de quarenta anos, atualmente vive uma vida pacata e solitária na capital do reino trabalhando como amolador de facas. Porém, uma tragédia está para acontecer e vai forçá-lo a partir numa jornada inesperada que poderá mudar não só a sua história como a de todo seu mundo.

De personalidade ácida, ele tenta entender o que está realmente acontecendo ao seu redor quando se vê diante de situações inusitadas.

É um livro de fantasia com um toque sombrio, diálogos bem humorados, magia, criaturas fantásticas e situações surpreendentes. Uma estória que foge dos padrões com protagonistas heróicos jovens e virtuosos, escolhidos profetizados, mocinhas em perigo, triângulos amorosos e finais felizes.

Compre o livro na Amazon.

A Ilha dos Ossos – Ana Lúcia Merege

É bem difícil escrever resenhas de continuações sem dar spoilers dos livros anteriores. Então, se não quiser absolutamente nenhum spoiler, melhor não ler…

É o segundo livro da trilogia que introduz o mundo mágico de Athelgard. Temos uma nova aventura agora protagonizada por Kieran, o Mestre das Águias, que conhecemos no livro anterior, O Castelo Das Águias. A troca do narrador feminino (Anna de Bryke) para um masculino dá outro tipo de energia à série. (O spoiler é: sabemos que Kieram não morre no primeiro livro, mas ok, ele está na capa). 

É uma história típica de busca, na qual Kieram terá que enfrentar inúmeras dificuldades para conseguir resgatar alguém muito querido. O maior problema de Kieram é um juramento que fez e que o atrapalha de cumprir sua busca. Esse juramento do protagonista mostra o quanto ele é fiel à sua própria palavra e, ao mesmo tempo, é um pouco difícil de assimilar. Somente um fanático daria mais valor à sua palavra do que à chance de salvar a vida de alguém querido. Bem, fora este detalhe, é uma aventura na qual o leitor começa a conhecer o mundo fora do próprio Castelo das Águias e da cidadezinha próxima, as únicas localizações detalhadas no primeiro livro.

É também uma jornada marítima, passando em lugarejos como a Aldeia dos Juncos e Bulforg, e cidades como Bradannen. Uma história cheia de navegantes e piratas. Nesta aventura vemos um pouco mais do que um mago experiente é capaz de fazer, mas Kieran não cai no estereótipo de mago fisicamente frágil, ele é um ex-soldado e tem gosto por resolver muitas questões usando suas espadas.

Mesmo tendo mais ação e um pano de fundo tenso, a narrativa não tem ênfase na violência, apesar de discutí-la, em algumas passagens, de modo interessante. Há uma discussão entre Anna e Kieram, em particular, que explora a questão da violência contra a mulher e a diferença de visão que homens e mulheres podem ter a respeito. Gosto, de modo geral, de como a autora posiciona as personagens femininas na trama, de modo semelhante que a autora Marion Zimmer Bradley faz em suas obras, como por exemplo, a protagonista de A Dama do Falcão, da série Darkover, ou mesmo Ursula K Le Guin, com Tenar em As Tumbas de Atuan

A narrativa ter um ritmo próprio, até meio lenta em algumas passagens, semelhante ao que vimos em O Castelo das Águias. Próximo ao desfecho, surge um elemento de interesse: um misterioso corvo. E é relacionado a este que vemos o desfecho da obra, possivelmente abrindo um novo gancho para o que veremos na continuação da série. Fica minha recomendação para a série, se ainda não leu, e também para este segundo volume.

Page 1 of 2

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén