Para que vai ler o livro, depois de ter visto a série, certamente será uma experiência diferente. Será difícil não imaginar Geralt na pele de Henry Cavill e Yennefer diferente de Anya Chalotra. Isso sem falar em quem jogou os jogos…

Independente da série, o livro realmente mostra as ótimas qualidades que o levaram a ser disseminado para tantas outras mídias. Não se engane pensando que os livros são derivações da série ou jogos, ao contrário, são a fonte.

A história de Geralt é contada de modo fragmentado, através de contos independentes, mas interligados entre si.

A narrativa é bem direta, com muitos diálogos, descrições dos combates, mas sem se aprofundar muito no cenário e ambientação do mundo. A leitura flui bem e você vai percebendo referências irônicas aos tradicionais contos de fada como Rapunzel, Branca de Neve, entre outros.

Nosso protagonista é um “bruxo”, na minha visão, uma tradução que perdeu um pouco do sentido de estranho criado originalmente pelo autor ao criar o neologismo wiedzmin. Como o termo não existia no Polonês, criava uma senação de estranhamento para o leitor, a ideia foi mantida ao se cunhar o termo witcher na tradução para o Inglês.


Questões de tradução à parte, os bruxos desse mundo são homens alterados pela magia (tornando-se mutantes) e treinados para caçar monstros e criaturas das trevas. Mas o que torna Geralt interessante como protagonista é seu código de conduta. Todo o livro é permeado por uma interpretação moral dos fatos, pois a todo momento, o mundo, pessoas e situações o convidam a quebrar sua própria ética.

Gostei muito da leitura e recomendo para que gosta de fantasia, ou mesmo para quem não tem contato com o gênero, seria uma ótima porta de entrada.

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