Seguindo a leitura da triogia Fundação, chegamos ao segundo livro.

Este segundo livro é dividido em duas partes e é menos episódico que o primeiro, ainda assim senti falta de personagens memoráveis ou com os quais me identificar.

É claro que estamos acompanhando uma história que a função de protagonista não está em torno de um personagem, mas sim, de um ideal, a própria Fundação.

Um experimento social de dimensões imensas no espaço e no tempo e que deve cumprir o objetivo de salvar a galáxia da barbárie dentro de um prazo de mil anos.

O livro possui algum suspense, mas a solução, ainda que interessante, não emociona. Por outro lado, não há como negar que as ideias de Asimov são brilhantes. Devemos admirar a maneira que ele introduz questões de ciência, política, economia e guerra na trama. Assim como o primeiro livro, os diálogos e motivações dos personagens remetem mais ao passado que ao futuro, é claro, quase toda obra de FC é um produto de seu tempo, os anos 1950.

Os personagens presentes na trama não são desenvolvidos de modo aprofundado e o leitor precisa se agarrar ao mistério envolvendo o mutante conhecido como Mulo, que põe em risco todo o trabalho idealizado pelo psicohistoriador, Hari Seldon.

Ainda assim, o livro é parte de uma trilogia clássica da FC que depois o autor expandiu para um total de 7 livros. Termina deixando um bom gancho para o próximo livro da série, Segunda Fundação.