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Planejamento de romances – parte 2

Na parte 1, vimos que antes de considerar métodos e ferramentas de planejamento, uma abordagem interessante pode ser saber primeiro o gênero de história que queremos escrever.

Um próximo ponto importante é fazemos a distinção entre história e trama (plot).

História vs Trama

Histórias, como a vida biológica complexa, começam de um embrião, ou semente. Um exercício interessante é o do resumo de elevador. Você encontra um colega, ou vizinho, no elevador e quer contar sobre seu novo livro. Tem que ser um resumo bem rápido, pois ele vai descer logo.

Exemplo (Harry Potter): É sobre um órfão que descobre que é um bruxo e vai estudar numa escola de magia. Ele precisa solucionar um mistério e enfrentar um poderoso bruxo das trevas.

O que constrói a história em seus detalhes é a trama.

É um fenômeno comum o surgimento de histórias que reproduzem um estilo de vida dos autores. Muitos autores vivem num mundo de rotinas repetitivas. Acordam, tomam café da manhã, pegam transporte para ir ao trabalho, trabalham, retornam para casa, dormem e o ciclo se repete. Já li muitas histórias que começam justamente assim escritas em plataformas como o Wattpad. Fulando acordou, desceu as escadas, abriu a geladeira e pegou uma maça para comer. Depois, tinha que ir para a escola, etc.

O que vemos nesse tipo de narrativa é uma sequência de ações não relacionadas. Isso tende a ser entediante do ponto de vista dramático.

Uma simples ação, pode ou não ser interessante. Depende da escolha do narrador. 

Por exemplo:

Fiz uma torrada para o café da manhã.

Essa ação, informação, não causa muito interesse, concordam?

Você não vai acreditar no que aconteceu quando eu fiz uma torrada para café da manhã.

 A ação é a mesma, mas a narrativa já se torna mais interessante…

Já falamos antes, sobre criação de personagens, ambientação, etc. Mas ter uma boa ambientação e bons personagens, por si só, não irá gerar uma boa história. O que vamos precisa também, e construir uma boa trama.

Trama

Podemos definir assim: São os principais eventos/ações da história apresentadas numa sequência interrelacionada. Isto é, como você conta o que aconteceu (estrutura, ritmo, ordem de apresentação).

O grande autor inglês E. M. Forster define essa diferença assim:

“O rei morreu e depois a Rainha morreu é uma história. O rei morreu e depois a Rainha morreu de tristeza é uma trama.”

Isto implica relações causais entre estes dois eventos. Ou seja, a construção de uma trama é também um exercício de lógica.

É importante criar tramas consistentes, pois nós, como seres humanos, somos “programados” para identificar e reconhecer padrões. Extrair significado do mundo que nos cerca. Se não vemos significado, perdemos o interesse e vamos largar o livro para ir fazer alguma outra coisa mais interessante.

Componentes técnicos da trama

1. Cadeia de causalidade

A trama eficiente funciona por causa e consequência — não apenas por sequência.

? História fraca: “O personagem acorda. Depois vai trabalhar. Depois encontra um dragão.”
? Trama forte: “O personagem acorda atrasado, e por isso pega um atalho desconhecido — onde encontra um dragão.”


2. Conflito

A trama gira em torno de desejos e obstáculos. Toda boa trama responde à pergunta:

“O que o protagonista quer e o que o impede?”

Sem conflito, não há movimento.


3. Viradas (Turning Points)

São momentos de grande impacto que mudam a direção da narrativa, como:

  • Revelações
  • Decisões drásticas
  • Reviravoltas
  • Mudanças de status

Esses pontos mantêm a trama dinâmica.


4. Clímax e resolução

Toda trama bem construída culmina em um ponto máximo de tensão (clímax), seguido de uma resolução que mostra as consequências das escolhas feitas.


5. Subtramas

Histórias mais complexas incluem subtramas (românticas, políticas, pessoais) que:

  • Espelham ou contrastam com a trama principal
  • Aprofundam personagens
  • Criam respiros narrativos

Estruturas de trama populares

  • Três atos: Apresentação ? Conflito ? Resolução
  • Herói com mil faces (Monomito): Jornada do herói
  • Sete pontos de Snyder (Save the Cat): Modelos para gerar empatia e viradas rítmicas
  • Trama em espiral: Revelações acumulativas em vez de progressão linear

Exemplo aplicado: Olhos Negros (fantasia sombria)

  • História: No meu primeiro romance, o pano de fundo gira em torno de necromantes que planejam por décadas tomar o poder no reino de Lacoresh, disfarçados entre o povo, nobreza, ordem dos magos e clero.
  • Trama: O leitor descobre a verdade junto aos personagens, em pedaços. A ordem dos eventos é manipulada para criar mistério e tensão psicológica, revelando os horrores aos poucos. No livro, não aparece o assunto necromantes antes da metade, o foco é numa investigação na relação entre os três personagens principais enquanto se envolvem numa investigação sobre o misterioso nascimentos de bebês com olhos totalmente negros.

Dica prática para escritores:

Comece com um mapa de eventos da história (cronologia interna).
Depois escolha o ponto ideal para começar a narrativa e crie ganchos, viradas e escalada.
Isso é construir trama.

Na sequência, vamos abordar métodos e ferramentas mais a fundo, considerando gêneros específicos.

Planejamento de romances – parte 1

Além de escrever, trabalho com planejamento no meu emprego regular. Estou muito ciente das limitações do planejamento. O que aprendi é que planejamento é uma ferramenta para melhorar nossas chances de alcançar objetivos e para funcionar melhor, deve ser flexível. Me lembra aquela famosa frase de John Lennon: “A vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos”.

Então nosso plano agora é tirar um tempo para refletir sobre o planejamento de histórias com um certo tamanho: romances. Estes tem quarenta mil palavras ou mais, mas o planejamento é aplicável a histórias menores, talvez, exceto muito pequenas como ficções relâmpago, afinal, é mais fácil e rápido escrever uma destas do que investir tempo em planejamento.

A abordagem “clássica” seria despejar sobre vocês as técnicas de estruturação de histórias, mas não vamos fazer isso… ainda. No meu trabalho, muitas vezes, vejo as pessoas querendo colocar a “mão na massa”, sem antes refletir e sequer traçar objetivos, muitas vezes levando à frustração e resultados limitados. Então me ocorreu que é melhor traçar seu objetivo primeiro, e depois, escolher a metodologia ou ferramentas que melhor se aplicam a este objetivo.

Então, a primeira decisão a se tomar tem a ver com aspectos gerais da história. O fato é que para bem, ou para o mal, a literatura está dividida em gêneros. São convenções que facilitam para o leitor encontrar novas histórias de que possivelmente vai gostar. Temos, romance, aventura, horror, fantasia, ficção científica, romance histórico, policial/mistério, etc.

Sim, determinados gêneros literários exigem ou favorecem métodos de planejamento específicos, justamente devido a suas convenções estruturais, expectativas do público e elementos técnicos. Vamos usar o exemplo do romance policial/mistério, mas a lógica se aplica também a gêneros como ficção científica, romance histórico, thrillers, etc.


Por que o gênero policial/mistério exige um planejamento específico?

O mistério e a investigação são gêneros altamente estruturados, onde:

  • Pistas precisam ser plantadas de forma sutil.
  • Reviravoltas devem ser críveis e surpreendentes.
  • O final precisa fazer sentido retrospectivamente.
  • O leitor é convidado a resolver o mistério junto com o protagonista.

Isso exige planejamento cuidadoso, especialmente no controle da informação: o que o leitor sabe, o que o detetive sabe e o que o criminoso sabe.


Método recomendado: Planejamento Reverso (Reverse Engineering)

Esse método é ideal para histórias de mistério, crimes, assassinatos ou conspirações.

Etapas:

  1. Comece pelo final
    • Quem cometeu o crime?
    • Como e por quê?
    • Como o detetive descobre isso?
  2. Construa o crime e o encobrimento
    • Detalhe o plano do criminoso.
    • Considere o álibi, pistas falsas e possíveis testemunhas.
  3. Espalhe as pistas (foreshadowing)
    • Insira pistas verdadeiras disfarçadas de irrelevantes.
    • Adicione falsas pistas (red herrings) para confundir.
  4. Planeje a investigação passo a passo
    • Cada capítulo revela algo, aumenta a tensão ou complica o mistério.
    • Pense em obstáculos, entrevistas, perseguições, revelações.
  5. Organize a linha do tempo dos eventos (antes e depois do crime)
    • Uma cronologia clara é essencial para não cometer inconsistências.

Ferramenta útil para mistério/policial:

Quadro de Investigação (Estilo Detetive)

  • Use um mural ou software para mapear:
    • Suspeitos
    • Motivos
    • Ligações entre eles
    • Provas e pistas
  • Ajuda o escritor a visualizar a complexidade do caso.

Visto isso, podemos ir para as próximas partes. Vamos explorar diferença entre história e trama, e dicas e métodos específicos para os gêneros com os quais tenho mais contato e experiência, Fantasia e Ficção Científica. Até lá!

Vale a pena escrever ficção relâmpago? Confira 8 dicas sobre escrever neste formato.

Há alguns anos, descobri uma modalidade de texto ficcional que passei a apreciar: a ficção relâmpago. Também conhecida como flash fiction, trata-se de histórias curtas, com tamanho aproximado de 300 a 1.000 palavras.

Ou seja, uma ficção bem curtinha.

Neste artigo, vamos explorar como essas histórias breves podem beneficiar os escritores, seja para praticar, divulgar ou expandir suas ideias.


O que é ficção relâmpago?

Escrevi meu primeiro conto curto há muitos anos, mas não sabia que ele se enquadrava nesse formato. Na época, minha ideia de classificação era simples: contos (textos pequenos) e romances (textos longos). Hoje, com o mercado literário mais segmentado e formas variadas de publicação e premiação, a ficção relâmpago é reconhecida como uma categoria distinta.

Por exemplo, no Brasil tivemos a newsletter Faísca, que publicou muitas histórias nesse formato — incluindo uma de minha autoria, Tetas de Ouro. Infelizmente, a Faísca não está mais em circulação. Já no exterior, revistas como Apex Magazine e Flash Fiction Magazine continuam a publicar regularmente textos curtos. [ATUALIZADO]: Descobrimos a Revista Cascártica que aceita ficções relâmpago e paga!

Para escritores iniciantes, essas publicações podem ser uma vitrine valiosa. Mas os benefícios da ficção relâmpago vão muito além disso. Como venho escrevendo nele há algum tempo, percebi algumas coisas que quero compartilhar com você. Confira a seguir oito motivos para apostar nesse formato:


1. Histórias curtas, impacto rápido

Uma boa ficção relâmpago deixa uma impressão duradoura em pouco tempo. Seu formato breve é perfeito para criar experiências intensas sem exigir grande compromisso de leitura.


2. Trabalhe com limitações

Esse gênero exige concisão. Com poucas palavras, é necessário escolher bem as ideias, personagens e conflitos. Essa restrição é um excelente exercício para refinar suas habilidades como escritor.


3. Pratique com rapidez

Em algumas horas é possível criar um esboço inicial e, com revisões, finalizar o texto em poucos dias. O formato é ideal para testar ideias e exercitar sua escrita sem a pressão de projetos longos.


4. Finalização mais acessível

Completar uma história curta gera a satisfação de ter algo concluído. Enquanto romances podem levar anos, uma ficção relâmpago pode ficar pronta em até poucos dias.


5. Elementos básicos bem trabalhados (exercitar foco)

Mesmo no formato compacto, é possível estruturar uma boa história: protagonista, conflito e antagonista. No entanto, é preciso ser direto, evitando elencos grandes, múltiplas locações ou subtramas complexas.


6. Geração de ideias para projetos maiores

A ficção relâmpago pode ser um trampolim criativo. Um projeto pessoal que iniciei, escrevendo uma história curta por dia, resultou na coletânea Tempestade de Ficção — 20 Ficções Relâmpago de Fantasia. Esse processo não apenas gerou 20 histórias, mas também 20 mundos distintos.

O legal é que essa série cresceu ao longo dos anos e já tem 4 volumes. E tudo isso veio de um método experimental que desenvolvi. Eu dei até um nome para isso: resolução de equação literária aleatória. (Vou falar mais sobre esse processo em outro artigo)


7. Oportunidades de publicação

Você pode submeter suas histórias para revistas como Revista Literatura Fantástica ou Taquion FC, participar de concursos ou criar sua própria publicação. Por exemplo, minha ficção relâmpago, Nunca desisto! pode ser lida da edição#1 da Táquion FC. Mas sempre confira as diretrizes antes de enviar seus textos.

Meu livro de contos mais popular, Contos Insólitos de Ficção (Quase) Científica, inclui contos de tamanhos variados e algumas ficções relâmpago.


8. Feedback facilitado

Por serem curtas, essas histórias são ideais para receber opiniões em plataformas como Wattpad ou Webnovel, ou mesmo de seus leitores beta. O compromisso do leitor é menor, o que aumenta as chances de feedback rápido.


Conclusão

Escrever ficção relâmpago é uma forma divertida e eficaz de desenvolver criatividade, concisão e habilidades narrativas. É também um formato prático para escritores em qualquer nível.

Espero que vocês tenham gostado deste artigo! Deixe suas perguntas nos comentários. No próximo texto, vou detalhar meu método de “resolução de equação literária aleatória“. Até lá!

Diálogos naturais – oito dicas simples!

Diálogo entre garoto e robô
Imagem por Allstars21 (Pixabay)

Escrever bons diálogos é uma das principais dificuldades enfrentadas pelos escritores.  Escrever diálogos que soem naturais e autênticos é uma habilidade complexa. Capturar a essência das interações humanas é um desafio e podemos acabar criando diálogos que soem artificiais ou pouco convincentes.

Oito dicas para ajudar com os diálogos…

  1. Observe as conversas reais: Preste atenção nas conversas cotidianas ao seu redor. Escute como as pessoas falam, suas expressões, entonações e ritmo. Isso ajudará você a capturar a autenticidade do diálogo em sua escrita. Ande com um caderninho. Tome notas.
  2. Use linguagem informal: Na maioria das conversas, as pessoas não falam de maneira formal. Utilize uma linguagem mais casual, com contrações, gírias e expressões coloquiais, para tornar os diálogos mais realistas.
  3. Evite o excesso de exposição: Evite que os personagens revelem informações em excesso através do diálogo. Assim como na vida real, as pessoas geralmente não se explicam em detalhes sobre sua própria história ou contexto. Permita que os detalhes sejam revelados de forma sutil e ao longo da narrativa.

    Veja esse exemplo:  “Eu sou um cientista brilhante! Eu inventei uma máquina do tempo que pode viajar para qualquer época ou lugar. Eu construí essa máquina sozinho em meu laboratório secreto.”

    Exemplo reescrito: “Eu inventei uma máquina do tempo, caramba! E você duvida da minha inteligência? Aff…”
  4. Dê voz e personalidade aos personagens: Cada personagem deve ter uma voz distintiva e uma maneira única de se expressar. Leve em consideração sua personalidade, histórico e características individuais ao escrever os diálogos. Isso ajudará a diferenciar os personagens e tornar suas conversas mais autênticas.
  5. Use subtextos e silêncios: Nem tudo precisa ser dito explicitamente no diálogo. Assim como na vida real, as pessoas podem ter intenções ocultas, sentimentos não expressos e até mesmo ficar em silêncio em certos momentos. Use subtextos e silêncios para adicionar profundidade e tensão aos diálogos.

    Por exemplo, em “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, Harry e Rony têm uma discussão sobre o baile de inverno. Rony está claramente com ciúmes de Harry por ter sido convidado para o baile, mas ele não diz isso explicitamente. Em vez disso, ele faz comentários sarcásticos e age de forma distante.
  6. Intercalando ação e descrição: Não limite seus diálogos apenas às palavras faladas. Inclua ações, expressões faciais e reações dos personagens para enriquecer as cenas. Isso torna os diálogos mais dinâmicos e realistas, mostrando como os personagens interagem fisicamente durante a conversa.
  7. Quando possível, trabalhe o conflito: Diálogos são mais interessantes quando há conflito entre os personagens. Isso pode ser uma diferença de opinião ou um objetivo em comum que eles estão tentando alcançar.
  8. Edite e revise os diálogos: Após escrever os diálogos, revise-os com cuidado. Leia-os em voz alta para verificar se soam naturais. Elimine qualquer trecho que pareça forçado, repetitivo ou desnecessário. A edição é fundamental para aprimorar a autenticidade dos diálogos.

A prática é essencial para aperfeiçoar a habilidade de escrever diálogos. Leia obras de escritores renomados, estude seus estilos de diálogo e continue praticando!

Leia mais dicas aqui!

Procurando um bom livro sobre escrita?

Oficina de Escritores – Stephen Koch

Capa do livro Oficina de Escritores. Ótimo para aprender sobre diálogo.

Worldbuilding parte VIII – Tecnologia

City vector criado por vectorpocket – www.freepik.com

Chegamos ao ponto de fazer perguntas e descobertas sobre a tecnologia em seu mundo. Tecnologia não é apenas algo moderno, como aviões ou celulares… Tecnologia é algo antigo também, como embalsamamento/mumificação, técnicas de construção civil, construção de navios, escrita, matemática, etc. 

Toda civilização requer especialistas técnicos para que funcione. É bom ter isso em mente. Ao avaliar todas as questões de tecnologia baixo se pergunte: como isso é relevante para minha história?

Tecnologia “antiga”

Se sua história se passa no passado, ou período semelhante é bom pesquisar o assunto. Vale uma pesquisa no artigo da Wikipedia sobre “História da Tecnologia”, além de outras fontes.

Por exemplo, muito da economia medieval girava em torno da tecnologia dos moinhos e sua disponibilidade. Isso é ilustrado num episódio muito interessante do podcast SCICAST 273 – Revolução Industrial Medieval. 

Porém, se seu mundo é futurista, você deverá pensar e definir que tecnologias são essas e como funcionam.

Tecnologia futura

Quais tecnologias são usadas para comunicações e viagens? Quais fontes de energia são utilizadas? Como é organizada a matriz energética?

Existe uma tecnologia especial que é relevante para sua história? Por exemplo, no livro Ressurection Inc. de Kevin J. Anderson, foi desenvolvida uma tecnologia que permite aproveitar o corpo humano, após sua morte, tranformando-o num robô serviçal inteligente, que mantém os conhecimentos técnicos e habilidades físicas do morto e é programado para ser obediente e trabalhar como escravo. E isso muda radicalmente as relações políticas, econômicas e sociais.

Como as tecnologias especiais vão impactar seu mundo? O controle dela por um grupo social, espécie ou nação cria tensões e conflitos? Você poderia aproveitar tais tensões em sua trama?

Há tecnologias apenas para o entretenimento? Como é o uso da tecnologia no dia-a-dia das pessoas?

Que armas são produzidas com essa tecnologia? Quem pode pagar por elas? Quem criou e continua criando tais tecnologias? Como a tecnologia afeta a educação? O governos se utilizam desses meios para controlar a população?

Quem são os técnicos? Onde vivem? São bem pagos? Dá para pensar nisso de acordo com a raridade ou importância de uma dada tecnologia.

Minha área de atuação profissional é a de tecnologia da informação. Havia um comparativo entre os programadores de computador e os escrivães da antiguidade. Na década de 1960/1970, apenas um pequeno seleto grupo de técnicos era capaz de operar e programar os computadores. Eram como se fossem magos. Eram muito bem pagos e gozavam de um prestígio grande devido a especialização e raridade do serviço que prestavam. Depois, a tecnologia se popularizou e nos dias de hoje, qualquer um pode aprender a programar pela internet, fazer um app, websites, etc.

Quais são tecnologias mais raras e valorizadas da sociedade?

Tecnologia anacrônica

Sua história se passa num periodo análogo à antiguidade, ou era medieval, mas há nela alguma tecnologia deslocada de seu tempo “natural”? E se houvessem robôs, ou motores num contexto como este? Como isso afetaria seu mundo? Como explorar essas novas tensões isso em sua trama?

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